Passamos por um período difícil de crise econômica, com altos índices de desemprego e instabilidade financeira. E sempre que o final do ano chega, a gente costuma fazer uma reflexão sobre tudo o que aconteceu. É assim com você também? Pois é! Mas, desta vez, se tem uma coisa que aprendemos, foi a importância de organizar as finanças pessoais.

A transição de um ano para o outro é o momento ideal pra rever hábitos. Também é a hora certa de pensar em formas de realizar todos aqueles sonhos que ainda estão aguardando a oportunidade certa, não acha?

Preparamos um post especial cheio de dicas pra você arrasar no planejamento financeiro em 2022. Confira!

Por que é importante se organizar financeiramente?

Vamos começar a nossa conversa com um dado preocupante: uma pesquisa recente revelou que 76% dos brasileiros não administraram bem as finanças durante a pandemia. A gente espera que você não esteja nessa estatística, mas, mesmo que isso já faça parte da sua vida, não custa nada tentar mudar!

O cuidado com o próprio dinheiro favorece o alcance de vários objetivos, desde os mais simples até aqueles vistos como ousados. Também evita o desconforto causado por constantes preocupações relacionadas a contas e dívidas. Para algumas pessoas, isso pode gerar muito estresse e ansiedade.

A verdade é que organizar as finanças pessoais não é fácil. Porém, se a gente deixar isso de lado, outras áreas da vida entram em colapso. Não dá para negligenciar, viu? Vale a pena reservar um tempinho de vez em quando para planejar, controlar as contas e, claro, salvar aquela graninha que sobra para ter certa segurança.

Como organizar as finanças pessoais?

O problema é começar, mas, com as dicas certas, tudo se torna possível. A seguir, listamos as principais ações que ajudam no controle das finanças pessoais. Como a gente entende muito bem de trem aqui em Minas, você vai ver que dá pra manter seu dinheiro sempre nos trilhos!

Faça um raio-x da sua vida financeira

A maioria das pessoas tende a varrer a sujeira pra debaixo do tapete, mas sugerimos que você faça o contrário. É a hora da faxina, de levantar a poeira mesmo! Sentiu a animação? Que bom, porque é disso que você precisa pra fazer um diagnóstico completo da sua vida financeira.

Conhecer de perto a realidade ajuda a tomar as melhores decisões e estratégias. Por isso, você vai mapear todas as receitas da casa: salários, férias, reembolsos, adicionais da remuneração salarial e até aquela renda extra que pode surgir. Do outro lado, liste tudo aquilo que é despesa, tanto as fixas quanto as variáveis.

Depois que tudo estiver na balança, a gente vê pra qual lado ela pende mais. A diferença entre o que entra e o que sai é positiva ou negativa? O que a sua família ganha é suficiente para cobrir todos os gastos pessoais e da casa? Para que a resposta seja 100% realista, não deixe de anotar nem aquele cafezinho que cada um toma depois do almoço! ☕

Prepare um planejamento financeiro

Com tanta informação valiosa em mãos, você não pode desperdiçar a oportunidade de fazer um planejamento financeiro afiadinho, né? A dica anterior te ajudou a coletar todos os dados necessários pra organizar as finanças pessoais de um jeito bem mais prático.

Você pode fazer isso com a velha dupla de papel e caneta, mas ainda é possível preparar o seu planejamento pelo computador ou até pelo celular. O importante mesmo é ter tudo documentado, de preferência em formato de lista com diferentes categorias.

De um lado as receitas, do outro as despesas, lembra? Daí, é só separar direitinho os custos fixos, como água, aluguel, gás, energia elétrica, mensalidade de escola, academia ou faculdade, plano de telefone, transporte, assinatura de serviços etc.

O total desses valores corresponde ao seu custo de vida, sabia? É só ter ele como base, que você vai conseguir organizar melhor o resto do planejamento. Afinal de contas, o dinheiro tem que dar pra cobrir esse padrão, e o ideal é que sobre pra aplicar em:

• custos variáveis: tudo aquilo que a gente gasta no mês, mas que não é recorrente, como alimentação (mercado ou restaurante), um presente pontual, gasolina, entre outros;
• reserva financeira: aquela quantia que você guarda pra utilizar apenas em uma situação imprevista, como uma emergência médica, perda de emprego ou conserto de carro;
• investimentos: uma forma inteligente de fazer o dinheiro trabalhar pra você. A vantagem é que existem opções para todos os perfis de consumidores, o que facilita a escolha.

Evite gastos desnecessários

Outro passo indispensável pra organizar as finanças pessoais é conter a vontade de sair comprando tudo o que você deseja. Faça um esforço para não ceder ao impulso e reflita com sinceridade sobre a importância de cada item. No fundo, vai perceber que muitas das compras são desnecessárias.

Lembre-se de que o grande “x” da questão é ter o valor necessário para os gastos fixos e ainda sobrar pra guardar, investir e usar com os custos variáveis. Então, não tem jeito, você vai ter de olhar com racionalidade pra sua lista de receitas e despesas e cortar algumas coisinhas.

Também evite fazer inúmeras parcelas no cartão de crédito pra não gerar juros, além de rever os hábitos pessoais e familiares para economizar. Os itens supérfluos e o consumo por impulso atrapalham as finanças do mês e deixam todos os seus projetos e sonhos mais distantes. Vamos encurtar o caminho?

Crie uma reserva de emergência

Viu ali em cima que a gente falou dela? Se todo mundo levasse isso a sério, muitos problemas relacionados a dinheiro seriam evitados. E é bem melhor organizar as finanças pessoais pensando nos imprevistos do que se enrolar pra lidar com situações inesperadas, com certeza!

Aqui, o importante é criar o hábito de guardar, não importa a quantidade. Muita gente espera ter um valor alto pra começar a reserva de emergência, mas é de grão em grão que a galinha enche o papo. Comece com R$ 50,00 por mês, R$ 70,00… E vá aumentando sempre que der.

Quando o assunto é reserva de emergência, procure estipular uma meta adequada às suas finanças. Nossa sugestão é calcular quanto você precisaria para passar, por exemplo, três meses sem grandes dificuldades se não tivesse nenhuma fonte de renda do dia pra noite. Esse é um bom valor para buscar.

Outro detalhe que muitos só lembram em cima do prazo é o combo de despesas anuais — IPVA, IPTU, seguros, material escolar etc. Uma grande ideia é dividir esse valor por 12 e transformá-lo em gasto mensal. Assim, quando chegar a hora, o dinheiro estará guardado e você poderá pagar à vista. Fica a dica!

Acompanhe as ofertas das empresas

A economia é uma prática valiosa pra manter as contas em dia, principalmente se você acabou gastando mais que o esperado nos últimos meses. E não tem melhor forma de poupar o seu dinheiro que virar uma pessoa bem-informada sobre as promoções divulgadas por diferentes empresas.

Tome como exemplo os mercados, que costumam definir um dia exclusivo da semana para baixar o valor de certos produtos. Se a diferença de preço for vantajosa, a dica é ir ao estabelecimento em diferentes períodos da semana, sempre com a intenção de obter as melhores condições.

Siga a mesma lógica ao consumir roupas, calçados, mobília e eletrodomésticos. Isso porque muitas lojas lançam ofertas em datas específicas, facilitando a vida de quem precisa cortar gastos e organizar as finanças pessoais. Dê sempre aquela espiada nos canais das marcas que você gosta pra saber sobre descontos.

Tire proveito das metas

Algumas pessoas têm dificuldade pra mudar hábitos relacionados ao uso do dinheiro. Se identifica com elas? Pois saiba que o segredo da motivação pode estar na busca de estímulos positivos que tragam aquela injeção de ânimo pra você seguir firme em seu propósito.

Bons exemplos desses estímulos são as metas de curto, médio e longo prazo. Ao defini-las, você garante pequenas conquistas ao longo da jornada de planejamento, isso gera aquela sensação de que seus esforços estão valendo a pena e gerando resultados.

Só tenha o cuidado de criar metas realistas, que possam ser alcançadas a partir do seu estilo de vida. As de curto prazo devem envolver investimentos menores pra que sejam cumpridas o quanto antes, servindo, assim, como incentivo para as de médio e longo prazo.

Aprimore sua educação financeira

O que você está fazendo agora, lendo este post sobre como organizar as finanças pessoais é uma atitude de tirar o chapéu. Talvez seja esse tipo de coisa que falta na vida daqueles brasileiros que citamos no início. Todos deveriam buscar conhecimento para avançar cada vez mais.

Educação financeira é fundamental e, infelizmente, não aprendemos a explorar o tema como deveríamos na escola. Mas não é por isso que a gente vai deixar de aprimorar os saberes, porque a internet está aí, cheia de conteúdo confiável pra consumir.

Aqui no nosso blog, por exemplo, você encontra um monte de dicas financeiras, e ainda consegue complementar sua jornada com vídeos, cursos online, livros, planilhas financeiras e muito mais. Isso faz com que a gente fale sobre dinheiro não só quando ele é um problema — e o segredo está aí!

De que forma uma planilha financeira pode ajudar?

Todas as dicas até aqui podem ser aplicadas de um jeito mais fácil quando a gente tem uma ferramenta prática em mãos. Imagine só ter uma estrutura pronta, com todos os itens listados pra você preencher com os dados de entrada e saída de dinheiro. Isso poupa um tempo considerável no dia a dia.

Estamos falando da planilha financeira, que funciona como uma tabela que expõe todas as informações a serem analisadas durante o seu planejamento. Como ela mantém tudo à vista e registrado em detalhes, acaba otimizando a rotina de quem precisa ter controle total das contas a pagar e a receber.

Agora que você sabe de tudo isso, organizar as finanças pessoais pode deixar de ser um fardo pra se tornar uma atividade prazerosa e até divertida. O ideal, inclusive, é que vire um hábito da família toda. Então, não deixe de envolver os demais familiares para que o seu planejamento financeiro realmente funcione, combinado?

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